terça-feira, 31 de julho de 2012

29º Capítulo de Lembranças Amadas

Vigésimo Nono Capítulo
Helena



            Em poucos minutos, James, Lilá, Nate e Madi chegaram desesperados ao nosso esconderijo. Minha mãe, assumindo toda a sua pose de médica, pediu que os vampiros colocassem Bianca sobre a mesa da cozinha para que ela pudesse examiná-la.
            Minha tia estava tremendo, mas, pelo menos, isso tinha um lado bom: ela ainda estava viva. – Ela vai ficar bem? – perguntei, sentindo toda a culpa me consumir. Se não tivesse lhe mostrado seus diversos passados, excetuando o que viveu com James, Bia ainda estaria discutindo comigo e com Jason.
            -Não sei! – exclamou Lilá com a voz tão fraca que quase não escutei – Eu avisei que Bianca ainda não podia lembrar de seu passado! Aí você decide lhe mostrar 500 anos de passado! – eu havia contado a todos o que havia acontecido por telefone – Você está louca?
            -Não, mãe! – berrei entre lágrimas. Apesar do momento, fiquei feliz que Nate se aproximou e me abraçou. Ele andava tão distante desde que Bianca voltara. É claro, Helena, ele a ama. Mas, naquele segundo, o lobisomem não estava ao lado dela e sim do meu.
            -Helena, acho melhor a gente sair um pouco daqui, ok? – sussurrou Nate em meu ouvido e como se meu corpo estivesse hipnotizado, segui-o para fora da casa.  
            Estávamos no jardim que dava para o bosque, quando reparei que ele (sim, o meu tio) havia agido, na frente de todos, de uma forma bastante peculiar. Nate sussurrara em meu ouvido e me levou para a parte externa da cabana segurando a minha mão. Como se fosse... Tentei conter a palavra, mas ela atormentou minha mente. Como se fosse um namorado.
            -Você não precisa se preocupar, Le. A Lilá vai conseguir cuidar de Bianca e ela vai se recuperar – disse Nate, enquanto se sentava em um tronco caído. Ele parecia cada vez mais velho, apesar de nunca mais ter envelhecido desde que Bia morreu. Seu juramento era:
            Até que Bianca tenha a chance de dizer com todas as palavras que nunca vai me querer, eu estarei esperando exatamente igual ao dia em que ela partiu.
            Inicialmente, todos pensaram que ele se tornaria um quase vampiro, já que não envelheceria nunca, pois Bianca nunca voltaria. Porém, agora com Bia viva, ele tinha a chance de voltar a envelhecer. Claro, se ela lhe desse um pé na bunda e não o que quisesse.
            -Eu sei, mas também me preocupo com a situação em longo prazo... Bianca nunca vai poder se lembrar de tudo, não é? As lembranças das Ners podem matar um vampiro. E desde que ela se mudou para Curitiba, tudo era muito Ners – recordei-me de como foram os meus primeiros momentos de vida. Naquela época, Bia era uma humana que tentava de todas as maneiras manter os Juges e as Sern vivos.
            -Segundo Lilá, seria muito arriscado. Agora, ela se lembra de todas as outras encarnações e uma boa parte dessa. Mas até o momento, ela não se viu como a humana tímida que fora quando se mudou para cá. Ninguém sabe qual será os efeitos de uma lembrança como essa – apenas disse Nate, enquanto eu me sentava ao seu lado.
            -Ela nunca vai poder voltar a ser a Bianca que amamos, não é? – perguntei, já com lágrimas no rosto. Podia odiá-la na versão vampiresca, mas a amava mais do que tudo como a tia humana que se sacrificou por minha vida.
            -Não chore, Helena – consolou-me Nate, enxugando minhas lágrimas. Levantei meu rosto com o intuito de ver seus lindos olhos castanhos e, então, meu coração parou.
            Minha consciência se desligou completamente, enquanto nossos lábios se encontravam. Aquele era o momento pelo qual eu sempre esperara. Eu estava, enfim, junto a Nate.
            Porém, quando nos separamos, tudo que era errado veio à tona. Ele era meu tio. Nós não podíamos nos beijar. Aquilo era errado. Aquilo era crime.
            -Bem, parece que nós temos um novo casalzinho aqui – disse uma voz vinda do bosque. Nem precisei me virar para saber quem era: Alissa.
Escrito por StarGirlie.

domingo, 29 de julho de 2012

Minhas Novas Aquisições

Ai, gente, eu devia ser presa por não conseguir conter minha loucura por livros neeeem exagerei agora, né?! Bem, ontem, fui com minha família ao shopping e não resisti a comprar mais livros! Daqui a pouco não vai ter mais espaço no lugar onde eu ponho os que ainda não li!

Tudo por um Namorado - Thalita Rebouças
Livro muito fofo, mas a anta esperta aqui não percebeu que esse é meio que o segundo volume da série... Resumindo: vou ter que esperar a próxima aventura às livrarias para "arrumar" esse erro.

Apaixonados: Histórias de Amor de Fallen - Lauren Kate

Hush, Hush - Sussurro - Becca Fitzpatrick

Veronika Decide Morrer - Paulo Coelho

Branca de Neve e o Caçador - Lily Blake, Evan Daugherty, John Lee Hancock e Hossein Amini
Meu Deus, quantos autores!

Círculo Secreto - A Prisioneira -  L.J. Smith

O casamento - Nicholas Sparks

Estou muito animada para ler todos eles! Tenho grandes expectativas, já que tenho uma base para comparar em todos os casos.
Beijinhos, StarGirlie.

Obs: gente, eu sei que Lembranças Amadas está seriamente atrasada, mas os capítulos continuarão a ser postados conforme o movimento (e comentários) aqui no blog.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

28º Capítulo de Lembranças Amadas

Vigésimo Oitavo Capítulo
Helena



            Já estava cheia daquele esconderijo. Por que eu tinha que ficar com a Bianca? Não faria muito mais sentido se James, que na vida humana dela era seu namorado, passasse aqueles dias longe do mundo com ela? Talvez eles até pudessem aproveitar esses dias para acabar com aquela enrolação de “eu-não-me-lembro-se-te-amo”.
            Aumentei o som de meu fone de ouvido, enquanto tentava não escutar a conversa de Bianca e o tal Jason lá no quarto dela. Os dois debatiam sobre o que fariam já que agora descobriram que uma Alissa era a maior traidora... Espere um instante! Alissa?
            Levantei-me rapidamente e corri para o quarto. Quando abri a porta, Jason me segurou ameaçadoramente, seus dedos apertando meu pescoço. –Eu vim em paz, ok? – tentei falar de forma confiante, mas minhas palavras falhavam e eu só queria me afastar do vampiro loiro.
            -O que você quer? – indagou Bianca com sua pose de malvada. Ela não se parecia nem um pouco com a tia fofa que se sacrificara para me salvar há algum tempo. Até me lembrava a Katherine*.
            -Olha, eu também conheci a Alissa. Na verdade, ela apareceu na casa do Nate há alguns dias falando que tinha informações sobre seu paradeiro, algo que transformou nossa família em um caos. Todo mundo tinha uma opinião diferente, mas pouquíssimas pessoas acreditavam nela. Até que você apareceu em nossa porta e tudo mudou.
            Jason me soltou como se meu depoimento tivesse feito com que visse o quanto estava sendo injusto em quase me esganar. – Então, quer dizer que a Ali já esteve no território de vocês? Isso é muito perigoso.
            -Posso saber por quê? – questionei, enquanto me sentava na cama de minha tia. Foi então que algo totalmente inesperado aconteceu: eu invadi a mente de Jason. Pude ver toda a verdade. Bianca como princesa, as reencarnações, as mortes, Alissa surgindo e sendo transformada como também minha própria família.
            -MEU DEUS! Você está perseguindo a minha tia há 500 anos?! – após as palavras terem saído de minha boca que percebi o quanto elas eram letais. Bianca olhou para Jason como se tivesse acabado de descobrir que ele era a Morte. Mas, sendo um vampiro, ele até era mesmo.
            -O que ela quer dizer, Jason? – esbravejou Bianca com seus olhos roxos se transformando em pretos quase que imediatamente. Até mesmo eu, que era uma Ners e podia matá-la a qualquer momento, fiquei com medo do que a vampira era capaz de fazer.
            -Eu... Eu posso explicar! – suplicou Jason, mas foi tarde demais. Minha tia simplesmente se lançou em direção ao seu corpo e o jogou pela janela. Apesar de não conseguir acompanhar os movimentos da batalha com meus olhos, pude escutar toda a luta.
            Pulei pelo parapeito da janela, tentando me desviar dos cacos de vidro e aproximei-me dos dois vampiros. Para que Bianca não o matasse, fiz algo impensável e indevido. Com toda a minha força, copiei as memórias de Jason e as transmiti diante dos olhos de Bia como se fossem um filme em alta velocidade. Era um efeito mental e, para o loiro, a jovem estava apenas imobilizada.
            Porém, minha tia estava tendo uma experiência que mudaria seu modo de ver o mundo. Seus olhos se dilatavam enquanto as lembranças se aproximavam cada vez mais do presente. Então, após se ver deixando a casa de Camile quando tinha apenas 13 anos, Bianca caiu no chão.
            Inicialmente, pensei que se tratava de uma consequência do choque de saber que durante todo esse tempo, Jason a perseguiu e a salvou. Podiam ter diversos problemas, mas ele sempre estava lá por ela, de um jeito tanto estranho, devo admitir.
            Entretanto, a partir do momento em que Bianca começou a ter convulsões, percebi o tamanho do erro que tinha cometido. As palavras de minha mãe ecoaram em minha mente: Se Bianca se lembrar de todo seu passado, ou boa parte dele, ela irá sofrer de um modo que nem o sangue vampiro poderá salvá-la. Ela pode até morrer definitivamente.
Escrito por StarGirlie.
*Katherine é a doppelgänger (cópia) vampira de Elena, na série The Vampire Diaries. Em TVD, Kath constantemente age pensando somente em si mesma, enquanto sua cópia humana é extremamente altruísta. 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Selinho Novo

Na terça-feira, recebi um selinho muito fofo da Bruna (do blog Teenage World). 

Regras
-Escrever 11 coisas (aleatórias) sobre você;
-Responder às 11 perguntas feitas por quem indicou você e criar 11 novas perguntas para os blogs que você indicar;
-Escolher 11 pessoas para repassar este meme e passar o link dos respectivos blogs;
-Avisá-los em seus blogs que foram escolhidos;
-Não retornar o meme para o blogueiro de que enviou à você;
-Postar as regras. 


11 coisas sobre mim:
-Família é a coisa mais importante do mundo para mim;
-Amo ler;
-Escrevo cartas;
-Tenho medo de cachorro;
-Vivo no mundo da Lua;
-Escuto música o tempo inteiro;
-Tenho mania de triângulos amorosos;
-Sou perfeccionista demais e isso é um defeito que eu odeio;
-Me cobro demais com escola e outras metas na minha vida;
-Estou tentando me “desapaixonar”;
-Amo sair com minhas amigas ou fazer festas do pijama.

Perguntas feitas:
1- Qual o seu desenho favorito?
Como não vejo desenho há um bom tempo, infelizmente, agora não tenho nenhum favorito.

2- Qual sua cor preferida?
Rosa, apesar de amar bastante verde.

3- Quantos Blogs você tem?
Tenho 3 blogs (este, o BWorld e o It’s For Fans), mas atualmente só posto no Feitiço das Palavras.

4- Qual sua banda de música favorita?
Coldplay, mas não me considero fã.

5- Qual seu/sua melhor amigo(a)?
A Mary.

6- Pratica algum esporte? Se sim, qual?
Já pratiquei natação, mas hoje em dia me contento em apenas jogar badminton ou basquete com meus amigos.

7- Se você tivesse que se descrever em uma palavra, qual seria?
Romântica.

8- Onde você gostaria de passar suas férias?
Na Disney.

9- Quais são seus 5 sites preferidos?
Visito muitos sites e blogs, mas não tenho nenhum favorito.

10- Qual foi o último filme que você assistiu?
Acho que foi “A Fera” com as minhas amigas.

11- Qual o sonho mais estranho que você já teve?
Já tive tantos, mas acho que os piores eram aquelas que envolviam o fim do mundo.

Perguntas que eu faço para vocês:
1-Qual show você gostaria de ir?
2-Qual foi a última pessoa com qual você falou?
3- Qual sua série favorita?
4- Qual livro você está lendo?
5- Você está em que ano na escola/faculdade?
6- Você gosta de dançar?
7- Qual sua música favorita?
8- O que está fazendo nesse exato momento além de estar no computador?
9- Ainda está de férias?
10- Qual site você mais visita?
11- Que filme você nunca assistiria?

Blogs que repasso:

Sei que não são 11 blogs, mas fiquei sem ideias, então... Bem, se você quiser pegar o selinho, fique à vontade! 
Beijinhos, StarGirlie.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Resultado da Enquete

Não sei as férias de vocês, mas as minhas, infelizmente, estão quase acabando! O tempo passou tão rápido que sinto como se fosse ontem o dia em que terminei minha última prova e saí da escola. Inspirada por minha meta de ler 100 livros em 2012, lancei há algum tempo a enquete sobre quantos livros vocês pretendiam ler nas férias de inverno. 


A opção mais votada foi a "De 1 à 5 livros". Vocês conseguiram alcançar suas metas ou, pelo menos, estão batalhando por elas?
Beijinhos, StarGirlie.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

27º Capítulo de Lembranças Amadas

Vigésimo Sétimo Capítulo
Alissa



            Durante meu sono, tive um pesadelo que me avisou sobre o que estava acontecendo na realidade. Jason, Camile e até Bianca descobriram minha participação na história e só me restava torcer para que James não passasse a conhecer toda a verdade também.
            Recolhi minhas coisas do quarto e antes que qualquer um dos Moure pudesse me alcançar, fugi do hotel. Sabia que andar de carro seria arriscado, pois qualquer veículo mais potente poderia me colocar numa armadilha. Porém, andar pelas estradas, totalmente exposta, não seria uma boa ideia também.
            Restava-me a última alternativa: voltar às minhas raízes. Não teria grande trabalho. Em menos de uma hora, estaria sob a proteção da cidade em que nasci. Tudo bem que naquela altura, meus registros de morte já tinham sido computados, mas nada disso importava.
            Coloquei minha mala no porta-malas do taxi, aproximei-me do motorista e com meu melhor olhar “Megan Fox”, pedi para que nos dirigíssemos para minha terra natal. O homem gaguejou um pouco, mas, ainda em dúvida de para que parte do meu corpo olhar, afirmou que podia fazer isso e acelerou o carro.
            O lugar havia mudado muito. As pessoas pareciam-se como qualquer outra, nem um pouco mágicas como me lembrava da época de 1880. Enquanto o taxista dirigia por entre as pequenas ruas, me afundei nas lembranças de um tempo que não voltaria nunca mais.
            Eu era uma adorável jovem. Meus pais, nascidos na Europa, acreditavam que me ter no Brasil me impediria de aderir a mais nova praga que arrasara sua cidade natal: os vampiros.
            Quando chegaram, não foram bem recebidos, mas, durante meu parto, a população se solidarizou e cuidou para que minha vida fosse brilhosa, alegre. Os anos passavam, eu crescia cheia de energia e todos acreditavam que seria a noiva perfeita para qualquer bom moço.
            Fora nessa época que me aproximei bastante de Jason, o loiro de olhos roxos que era dito como nobre na região. Hoje sei que esse título lhe era dado graças a muita hipnose, mas, de qualquer forma, fora sua amizade que me salvara de surtar graças à pressão do casamento.
            Então, chegou James. Ele tinha 13 anos no máximo e vivia com seus adoráveis pais e a pequena irmã. Eram pobres, mas bem vistos pela sociedade graças aos serviços de solidariedade que prestavam à Prefeitura. Isso mesmo: pobres ajudando pobres.
            Jason e Camile me alertaram desesperadamente que ele era perigoso, mas não lhes dei ouvidos. Depois de tantos anos, sei que ambos só estavam com medo que ele fosse como sua antiga mãe vampira, que novamente reencarnava como humana.
            Apesar de sua timidez, começamos a nos aproximar. E inevitavelmente, eu me apaixonei. Ele era doce, romântico, inteligente e, ao mesmo tempo, corajoso, confiante e, às vezes, até arrogante.
            Nossos pais adoraram a ideia de nos casar, mas, infelizmente, o coração de James não parecia pertencer a mim. Os meses iam passando e ele mais distante ficava. Enquanto preparávamos o casamento, ele, com apenas 17 anos, foi chamado para uma guerra local.
            Todos estávamos desesperados. Não queríamos de jeito nenhum perdê-lo, por isso, nem demos importância ao fato de que Lilá nunca envelhecia. Ela sempre parecia uma doce menina de cinco anos.
            Quando James voltou, ele estava totalmente diferente. Seus olhos variavam de um preto sombrio para um roxo cansado. Meus pais começaram a temer o que podia estar acontecendo e quiseram me afastar do garoto, mas não conseguiram. Sim, meu amado James havia sido transformado em um vampiro e eu não tinha medo disso.
            Durante certa noite, fomos passear escondidos pela fazenda de meu pai. Decidida a revelar sua natureza, cortei meu dedo “sem querer” e o observei quase explodir de desejo. – Beba, James. Eu tenho muito e não vou ligar nem um pouco em compartilhar.
            Apesar de toda sua teimosia, ele bebeu. E, como retribuição, deu-me seu sangue. Todas as noites fazíamos o mesmo ritual intercalado de longas maratonas de beijos. Estávamos drogados pela troca de sangue e demoramos a perceber o que acontecia com meu organismo.
            Eu estava me tornando um zumbi a cada dia. Minha pele se tornava cada vez mais acinzentada e meu desejo por sangue só aumentava. Reparei que Jason e Lilá já estavam desconfiados de que eu me tornava um perigo à segurança de sua família.
            Na noite em que aparentemente iriam me decepar, o carro de seus pais sofreu um acidente e seus corpos não foram encontraram. Principalmente, pelo fato de que Amélia cuidou de sumir com seu marido enquanto virava uma vampira louca para se divertir.
            Enquanto eles choravam o luto, August afirmou que cuidaria de ambos. Isso lhes deu força para relembrar de mim e, na noite seguinte, os dedinhos miúdos de Lilá quebraram meu pescoço. Porém, havia uma mistura do sangue de Jason e de Camile em meu corpo.
            Vocês devem estar reconhecendo essa história, mas estranhando meu nome. Isso mesmo, eu sou a antiga Joana que James descartou tão rapidamente.  E agora estou de volta como Alissa.
Escrito por StarGirlie.

Casal Engraçado

   Era um casal engraçado, sabe? Daqueles que você olha e pensa: vish, não vai dar certo.
   Não que alguém realmente ligasse. No fundo, ninguém importa se você está ou não está feliz. Às vezes até se irritam. Mas ninguém ligava. Se eles estavam juntos, ótimo para eles.
    Os dias foram passando. Algo estava realmente errado no relacionamento dos dois. Não, não é que algo estivesse errado. O problema mesmo é que tudo estava indo muito bem. Bem até demais.
    Sem brigas. Sem desentendimentos. Quanto mais um passava ao lado do outro, mais este queria continuar ali. O diálogo era constante, de modo que ambos tinham medo de que um dia o assunto sumisse e - pluf! - o amor fosse junto.
     Muita gente acreditava que isso realmente ia acontecer. Diziam que o amor deles era "amizade" e coisa e tal.
    De fato, amizade era. Uma boa dose de amizade. Enquanto estavam de mãos dadas, ou até mesmo falando coisas bonitas, um ou outro puxava algum galhinho e logo a coisa virava uma série de provocações. Provocações as quais sempre terminavam em um ataque de risos, olhos apaixonados e um "eu te amo" sussurrando no ar.
    É, e o tempo passou mais e mais. Cada dia mais. Pois bem, este é o tempo, não é? E, com o tempo, os sentimentos foram mudando. Amor, amizade, paixão... Tudo mudou. E tornou-se ainda mais forte.
    Hoje em dia o casal está muito bem, obrigada. A amizade? Continua lá. O amor? Muito lindo. A paixão? Cada dia mais ardente.
    E àqueles que duvidaram de nós... Mostramos a língua para vocês!
    Beijinhos, Babi  >.<

domingo, 22 de julho de 2012

Ainda quer embarcar?

    Está pronto?
   Nossa viagem já vai começar. Creio que está ciente dos termos e que concordou em aceitá-los. Não estou certa? Não!? Pois veja, vamos tratar logo de colocá-lo apar das nossas condições para embarcar nesse voo:
-Não nos responsabilizamos por danos causados durante a viagem;
-Não podemos certificar de que chegará a algum lugar;
-Não lhe asseguramos que até mesmo saia de onde se encontra;
-Não tomamos conta dos seus pertences durante a viagem;
-Não lhe damos dicas ao embarcar;
-Não lhe mostramos o caminho nunca;
-Não garantimos conforto durante a viagem;
-Não podemos deixá-lo escolher quem viajará ao seu lado.
    Você está de acordo? Tem certeza? Você tem plena certeza de que não está alcoolizado, sob uso de algum remédio manipulado, sofrendo lavagem cerebral ou acompanhamento psiquiátrico? Certeza absoluta? Os danos podem ser irreparáveis, entende? Bem, se você está de acordo, como diz estar,  então a entrada é logo por ali. Lembre-se: depois de passar pelos portões, nada o fará voltar, e você pode ficar perdido lá para sempre. Ah, continua de acordo? Então boa viagem. Quem sabe ainda não nos encontramos?
_________________
   Parece loucura, não? Aceitar viajar nessas condições. É uma passagem para a morte certa, mas nós, seres humanos, continuamos a comprá-la.   É assim que acontece. É assim que embarcamos no amor e, muitas vezes, desembarcamos no lugar mais lindo que se possa encontrar. Mas, muitas vezes ainda, caímos do avião e, mesmo assim, voltamos a subir em outro. Isso acontece até o fim das nossas vidas. Até que nós naufraguemos em uma ilha sossegada onde, possivelmente, consigamos encontrar abrigo. Onde possamos chorar.
   E talvez você consiga ser feliz. Talvez.
   Os riscos são grandes. Mas valeu a pena para mim. Pode valer também para você.
   Ainda quer embarcar?
   Beijinhos, Babi

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O Telefonema

       Meus dedos tremem ao alcançar o telefone. Ele está tocando há horas, mas não tenho coragem para atendê-lo. Seu nome pisca sem parar no visor como uma estrela que nunca para de brilhar. De repente, o som para.
        Caio no chão com o celular nas mãos. Imagino-o triste, sabendo que nunca serei corajosa o suficiente para enfrentar todas as dificuldades que virão com a afirmação de nosso amor. É então que recebo uma mensagem:
         "Dê-me cinco minutos. Prometo que depois disso você pode desligar o telefone na minha cara."
         Disquei os números e esperei apenas um segundo antes de ele me atender. Sua voz ressoou calma, mas não triste. -Eu não sei o que dizer, porque não sei o quanto da nossa história você percebeu. Para mim, tudo começou há muito tempo quando éramos apenas duas pessoas cheias de amigos. Passamos tantas dificuldades, tanto ciúme, tanta dor e tanta felicidade juntos. Você nunca deve ter reparado quanto meus olhares eram doces em sua direção e em como era maravilhoso te ver sorrindo para mim.
            -Sei que pode ser tarde demais, mas eu ainda sou apaixonado por você. Gosto de escutar sua risada, sua voz... Talvez você até já esteja com outro garoto e tenha me esquecido, mas não podia ficar apenas com incertezas. Saiba que não vou desistir de você. Não vou!
           O silêncio tomou o telefonema e rapidamente chequei o relógio. Cinco minutos haviam se passado exatamente. Então, como se todo o amor que vinha de suas palavras tomasse minha alma, respondi:
            -Não estou me sentindo mal agora, porque tudo isso se aplica em minha parte também. Eu também sou apaixonada por você.

Beijinhos, StarGirlie.

26º Capítulo de Lembranças Amadas

Vigésimo Sexto Capítulo
Camile



            Quando Jason me telefonou para contar sobre Alissa, não pude deixar de derramar algumas lágrimas. A vampira havia sido uma excelente amiga durante todos esses anos e eu não podia deixar de sofrer por perceber que no fim ela era apenas mais uma aproveitadora.
            Peguei uma mala que estava guardada e comecei a colocar todas as roupas que podia dentro dela.  Graças a meu primo, teria que voltar à Curitiba e resolver toda a confusão que envolvesse Ali. Era óbvio que Jason, tão imaturo, não criaria uma vingança racional o suficiente para dar certo.
            Enquanto colocava meus pertences no táxi e finalmente fechava a casa, as lembranças de 1500 tomaram minha mente novamente.
            Antes mesmo de todos os problemas com Bianca e a Maldição realmente começarem, minha vida e a de Jason não eram fáceis. Éramos os jovens mais próximos do Rei e ele via em nós os futuros melhores amigos de sua filha. Porém, a garota de cabelos castanhos acreditava que nós éramos apenas um bando de idiotas tentando bajulá-la.
            Mesmo com seu comportamento petulante e sua mania de nos rebaixar a meros plebeus, Jason era totalmente apaixonado pela princesa. Passava suas tardes observando-a no alto da torre, enquanto escrevia cartas apaixonadas que nunca seriam enviadas. Ele era o claro romântico que não tinha coragem para revelar sua personalidade.
            Enquanto ele se aventurava por aquele romance que não daria em nada, eu priorizava nossa amizade com o Rei e constantemente o ajudava a fazer alguma escolha sobre o reino. A Rainha não era muito simpática comigo, já que era extremamente ciumenta.
            Certo dia, eu estava em meus aposentos, lendo um dos livros que estava fazendo sucesso no Castelo, e Jason fazia mais uma de suas rondas pelo local, procurando algum perigo. Não era uma atividade muito segura, mas lhe garantia uma excelente posição na Corte do Rei.
            Quando já me preparava para dormir, um mensageiro veio correndo até o meu quarto. Sua voz estava fraca de tantos gritos e ele parecia prestes a desmaiar. – O Rei... Ele... Vai...
            Por algum motivo, não o esperei terminar sua frase. Saí correndo escada abaixo e logo me deparei com Jason. Ele estava completamente calmo. – O Rei mandou me chamar. Será que devemos entrar no seu escritório mesmo sem sermos anunciados?
            -Claro que sim, Jason! – escancarei a porta e desejei com todas as minhas forças, nunca ter feito isso. O corpo do Rei pendia mole das mãos de uma mulher. Aparentemente, ela era apenas mais uma plebeia. Entretanto, sua pele era mais clara do que o normal, sua boca estava cheia de sangue e seus olhos eram de um roxo sobrenatural.
            -Ora, ora. Parece que vou ter mais sangue – disse a mulher se jogando em nossa direção. Uma de suas mãos segurou meu pescoço, enquanto a outra mantinha Jason afastado.
            Quando se cansou do meu sangue, ela me jogou contra a parede e mordeu Jason. Seus olhos ficavam cada vez mais azuis conforme sugava a força vital de meu primo. Era uma tortura ver aquela cena, mas não conseguia me mexer para evitá-la.
            Foi nesse instante que algo inesperado aconteceu. O Rei se lançou contra a mulher e a puxou fortemente pelos cabelos. Prestes a ter sua cabeça arrancada, a vampira deu risada e afirmou:
            -Meu filho irá se apaixonar por sua amada princesa no futuro. Posso prever isso – e rapidamente puxou o pescoço do Rei, enquanto o seu próprio era jogado no chão.
            Jason se jogou no chão ao meu lado e me envolveu com os braços. – Camile, ela nos mordeu – e ao percebermos o que isso significava, começamos a chorar compulsivamente.
            Na manhã seguinte, todos do reino choravam a perda do Rei e nós dois enfrentávamos a dor da transformação. Como uma mínima gota de sangue era capaz de mudar a cor de nossos olhos, nos alimentávamos o mínimo possível e nunca matávamos ninguém.
            Bem, quase nunca matávamos ninguém, pois em uma manhã de novembro, após o sumiço de Bianca, Jason e eu nos dirigimos à casa onde a vampira que nos transformara morava. E, antes que alguém pudesse simplesmente perceber nossa presença, arrancamos o coração de dois adolescentes humanos: as primeiras encarnações de Lilá e James. Sim, eles eram os filhos daquela mulher.

Escrito por StarGirlie.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Aviso sobre a falta de posts!

É, gente. Vocês já devem estar irritados com o meu sumiço, mas novamente tenho motivos! Bem, ontem eu viajei o dia inteiro de avião para chegar aqui, em Salvador. Passarei boa parte do resto das férias aqui e depois viajarei novamente. Então, como estou passeando e tudo mais, posso nem sempre conseguir postar os capítulos da novela ou os posts normais... Peço mil desculpas e espero que me entendam...
Beijinhos, StarGirlie.

25º Capítulo de Lembranças Amadas

Vigésimo Quinto Capítulo



            Não senti medo de Jason nem nada parecido. Estar ali, nos braços do vampiro de cabelos claros, parecia certo. Eu sentia falta de sua presença acolhedora, de sua voz tão amável e de seu carinho imprescindível por mim. Sei que James também me amava, mas com o Moure eu podia sentir esse amor, não apenas o imaginá-lo.
            -Você sabe que Helena pode nos dedurar, não sabe? – perguntei, pensando em como Jason estava sendo corajoso. Caso os Juges o encontrassem, não sei o que fariam com ele. Mesmo que o vampiro tivesse me salvado da eternidade no caixão, para a família do meu passado, ele era apenas um bandido que me roubara de sua proteção. “Nós teríamos escutado seu socorro” relembravam sempre que podiam.
            -Sei e estou pouco me lixando para aquela Ners – Jason não parecia desprezá-la, mas sim, apenas se importar mais comigo. De repente, o vampiro me afastou, como se lembrasse algo que o magoava – E então, como está sua vida com os Juges?
            Sentei na cama e fechei os olhos. Lilá, James e August eram muito fofos comigo, entretanto Helena parecia me repelir como se fosse um mosquito da dengue. Nate e Karl gostavam de me proteger e agir como se eu continuasse humana. Já minha mãe... Bem, essa me amava de qualquer modo.
            -Eles estão sendo ótimos comigo, Jason. Você devia ter me contado que eles existiam – o loiro apenas maneou a cabeça – Eu sei que me sinto muito bem com você, mas eles são meu passado! Eram eles que socorriam minha versão humana.
            Jason engoliu em seco. Queria muito saber o que se passava em sua mente, mas temia que, por causa de minha insistência, ele decidisse ir embora e me deixar sozinha nesta casa com aquela fresca da Helena. – Eu sei, Bianca, mas não podia suportar a ideia de te perder.
            Não podia discutir com quem se importava tanto comigo. Bati no colchão ao meu lado e Jason se sentou comigo. Seus olhos roxos beiravam o azul e soube imediatamente que ele havia bebido muito sangue me minha ausência. – Você tem bebido com quem, hein? Sei que não é com Camile. Ela é um tanto conservadora nesse aspecto.
            Jason olhou para a parede e disse com a voz baixa. – Com Alissa – apesar de estar envergonhado de seu comportamento com outra mulher, o vampiro não imaginava que eu conhecia a pessoa citada.
            -Ai. Meu. Deus – coloquei minha mão sobre minha boca e lembrei-me de como ela fora cruel ao me sequestrar – Ela que me trouxe até a família dos Juges! Como você pode estar com aquele monstro?
            -Espera um pouco! – gritou Jason, ignorando claramente a presença de Helena na sala – Foi Alissa que te sequestrou?! Como ela...
            Então, seu rosto empalideceu e ele parecia prestes a explodir. Encarei-o enquanto seus pés percorriam mil vezes o pequeno quarto, como se procurasse um sentido para tudo aquilo. Ou pior, como se já o tivesse encontrado.

Jason
            Como pude ser estúpido por tanto tempo? Estava mais do que na cara o que ocorria em todas as vidas de Bianca. Ela era tirada de meus braços e jogada nos de outro por um demônio, alguém que só queria se vingar.
            Em 1500, Bianca não fora afastada de sua vida no castelo por livre e espontânea vontade. Ela fora sequestrada por uma das encarnações de Alissa. Podia ter demorado mais de 500 anos, mas naquele momento decidi que seria eu quem iria me vingar daquele monstro com rostinho de anjo.

Escrito por StarGirlie.

terça-feira, 17 de julho de 2012

O Último Dia

        A doce Melissa arrumava seus materiais pela última vez naquela escola. Todos estavam tão apressados para fugir daquele local logo que batesse o sinal, mas Mel queria aproveitar cada segundo que pudesse. Já havia se despedido de suas melhores amigas e da maioria dos seus conhecidos. Fora abraçada muitas vezes pelos garotos que a tinham como objeto de paixão e tirara muitas fotos com suas eternas amigas. O dia não tinha sido fácil com tantas despedidas, mas a adolescente sentia que um peso era tirado de suas costas. No próximo lugar, começaria tudo de novo. Poderia ser até uma pessoa totalmente nova.
         O sinal bateu e todos correram para fora. Até mesmo suas amigas partiram em disparada. Melissa riu com a ideia de que nada mudaria nunca ali. Pegou sua mochila, abraçou seu professor e saiu para o corredor. O lugar já estava quase vazio. Andou alguns passos antes de se deparar com Pedro, seu primeiro amor, saindo de sua sala, já bastante atrasado.
         Ele parecia tão lindo quanto antes e, por um breve momento, Mel imaginou como era capaz de deixá-lo para trás. É claro que não tinham nada juntos, mas havia algo, um sentimento, que pairava entre os dois. Já havia se despedido de todo mundo e só faltava o adeus para Pedro. Estava prestes a desistir da ideia quando o garoto viu a cabeça para trás e lhe deu o sorriso mais encantador do mundo.
        -Pedro! - chamou com o coração batendo em velocidade avançada. - Oi, Melissa - respondeu Pedro com os olhos brilhando como estrelas. Era difícil para a menina ver o modo como ele a olhava e saber que aquela seria a última vez.
        -Eu queria me despedir de você - disse Mel, enquanto ambos desciam as escadas, encostados um ao outro. Suas mãos pendiam uma do lado da outra, mas nenhum dos dois tinha a coragem para encostá-las.
        -Despedir? Como assim? - perguntou Pedro quando chegaram a saída do prédio da escola e se aproximavam da rua. - Pedro, eu estou indo embora da escola.
        O adolescente parou instantaneamente. - Você... Não pode estar falando sério. Nós... Nunca... - porém, Pedro mal conseguia formular uma frase inteira. Suas mãos tremiam e ele parecia prestes a entrar em desespero. Melissa fez algo que esperava há tempos para fazer. Aproximando-se rapidamente, ela o envolveu em um abraço.
         -Você foi muito importante para mim, Pedro... Eu nunca vou te esquecer completamente - sussurrou, antes de se afastar com passos rápidos. As lágrimas começavam a cair de seus olhos. Aquela de longe havia sido a despedida mais difícil. Principalmente, porque ambos nunca tiveram a chance de ter o relacionamento que esperaram por tanto tempo.
         Quando Melissa estava prestes a ultrapassar as catracas, a voz de Pedro ecoou pelo local. - Melissa! - O resultado foi automático: a adolescente rapidamente se virou e pode avistar o garoto correndo em sua direção. Ao alcançá-la, sua voz estava fraca e sua respiração alterada.
          -O que houve, Pedro? - perguntou a menina, tocando em seu ombro e tentando acalmá-lo. Porém, seu toque provocava o efeito oposto e ele só ficava cada vez mais vermelho. - Mel, eu... Eu preciso te dizer uma... coisa.
         -O quê? - a adolescente sentia seus próprios dedos segurarem seu crachá de forma indecisa. Seu coração parecia saltar pela boca e ela não sabia exatamente como se portar - Fale, Pedro! Estou ficando preocupada!
         Os outros alunos já estavam se aproximando da cena, todos tentando entender o que pessoas tão opostas estavam fazendo juntas. É claro que já sabiam sobre o clima que havia entre o casal, mas ninguém esperava que o amor deles desse algum fruto.
         -Melissa... - Pedro se aproximou ainda mais, seus corpos já se tocando novamente, seus rostos tão próximos um do outro - Eu sou apaixonado por você.
         O silêncio atacou as alunas, que antes chiavam animadas, e os alunos. Seus rostos estavam perplexos. - Eu sempre fui apaixonado por você, desde o momento em que te vi chegando nesse colégio. Você era tão diferente de agora, mas mesmo assim, havia algo que me puxava em sua direção. E agora, você está indo embora...
          -Por que você não me disse isso antes? - Mel tentou respirar calmamente, apesar dos lábios de Pedro estarem tão perto dos seus. - Porque eu tive medo de não ser correspondido. Só que agora não há outra alternativa. Não posso te deixar partir sem mostrar que você é a única de quem sempre gostei.
          -Pedro... - começou Melissa, mas a garota nem teve tempo de continuar. O adolescente, sim, seu primeiro amor, agarrou sua cintura e a puxou para o beijo que Mel sempre esperara. Ao contrário de todos os seus temores, ela sabia exatamente o que fazer, como se cada partícula de seu corpo fosse preparada para este momento.
           Os alunos surtavam ao redor. Gritinhos femininos, "Aee!" masculinos e tentativas dos inspetores de conter o casal tumultuavam o cenário ao redor do grande beijo. Quando Pedro e Melissa finalmente se afastaram o suficiente para darem um sorrisinho tímido, a adolescente pode ver que o carro de seus pais já havia chegado. O garoto também reparou isso e o coração de ambos parou por um instante. - Você não pode ir embora - disse Pedro, implorando para que Mel não o abandonasse.
            -Desculpe-me, Pedro - Melissa o beijou novamente com a mesma intensidade que ele a havia beijado. Os braços do menino a tiraram do chão por alguns segundos. No momento em que Pedro a colocou no chão, Mel sussurrou em seu ouvido - Eu também sempre fui apaixonada por você.
            E se afastando em alta velocidade, Melissa chegou rapidamente ao carro. Virando-se ao chegar à porta, a adolescente sorriu mesmo com as lágrimas caindo sobre suas bochechas.
            -E sempre serei apaixonada por você, Pedro. Nunca esqueça isso.

Beijinhos, StarGirlie.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

24º Capítulo de Lembranças Amadas

      Vigésimo Quarto Capítulo





            Durante a madrugada, James e Nate combinaram como seria meu plano de fuga. Como Helena não estava sob os holofotes dos humanos, ela me levaria até uma cabana longe da cidade e iríamos ficar lá até quando os jornalistas cansassem do assunto “meu desaparecimento”.
            Pela manhã, minha mãe se apressou em acabar com todas as provas sobre minha permanência na casa. Era essencial que nenhum repórter se deparasse com uma mala cheia de roupas minhas.
            Quando meus poucos pertences foram colocados na traseira do taxi (o taxista estava hipnotizado para não me reconhecer), James veio se despedir de mim. – Nós vamos nos ver em cinco dias, Bianca. Os repórteres só conseguem se concentrar em um assunto específico por um período de tempo muito curto.
            Eu vou sentir sua falta, sussurrou a voz insistente na minha mente. – Eu sei, James. Mas é estranho sair dessa casa depois de tanto tempo tentando voltar. Tenho a sensação que estou tomando uma decisão errada.
            Observei Nate abraçar Helena e, mesmo sabendo que ele ainda gostava da antiga Bianca, pude sentir que havia uma pontada de amor entre os dois. Talvez quando eu estivesse com quem quer que fosse, ele conseguisse encontrar o amor. A minha morte havia o prendido à minha lembrança. Talvez minha eternidade o libertasse.
            James me abraçou e senti o ar parar em meus pulmões. Meu coração foi consumido pela vontade de acabar com a distância que o vazio em minha memória provocava. Era como se eu precisasse ser do vampiro de cabelos bronze.
            -É hora de irmos – disse Helena, entrando no carro, sem nem se despedir de seu tio James ou olhar para mim. – Ela me odeia – como passaríamos cinco dias juntas e sozinhas?
            -Ela tem ciúmes de você, Bianca. Você é uma Ners poderosa mesmo não sendo a primeira da linhagem. E Helena não consegue te superar. Nem nos poderes nem no – ele abaixou a voz – amor.
            Corri para o carro, sabendo que provavelmente James me daria um beijo depois de tal frase. Encontrei Helena já com seus fones de ouvido e pedi para que o taxista seguisse o caminho estabelecido.
            Antes que o céu estivesse completamente azul, já havíamos chegado à cabana no meio do mato em que passaríamos nossas próximas 120 horas. Helena nem se deu ao trabalho de agradecer ao taxista por seu trabalho, portanto fiz esse papel por nós duas e carreguei nossas malas.
            A Ners tão aborrecente estava deitada sobre o sofá, olhando para o teto com um tédio completo. Sua música estava tão alta que era possível escutá-la do jardim. Se continuasse assim, ela ficaria surda em pouquíssimo tempo.
            Resolvi não me intrometer, pois sabia que só receberia uma resposta grossa e que tornaria o clima da casa ainda pior. Deixei a pequena mala de Helena no quarto dela e caminhei lentamente até o meu. Algo em meu coração alertava para uma surpresa. Não exatamente perigosa, mas inadequada.
            Quando abri a porta, tive que me conter para não gritar. Sentado na beira da minha cama estava ninguém mais ninguém menos que Jason. Seus olhos roxos brilharam com minha aparição. Meu coração, se fosse vivo, teria parado. Minhas mãos começaram a tremer, minhas pernas ficaram bambas.
            Jason se jogou em minha direção e me envolveu em um abraço cheio de saudade. – Você não imagina o quanto me fez falta – sussurrou o vampiro em meu ouvido.
            Antes de responder, reparei a ironia da situação. James, o vampiro do meu passado, havia me deixado partir, enquanto Jason, o sanguessuga do meu presente, vinha correndo para me obrigar a ficar. Qual dos dois seria certo amar?
Escrito por StarGirlie.

sábado, 14 de julho de 2012

Minhas Novas Aquisições

Com o tempo limite da meta de 100 livros cada vez mais próximo, meus pais decidiram liberar meus gastos de livros para que eu possa chegar até lá. Portanto, ontem e hoje, fomos às livrarias dos shoppings em busca de novas histórias. Felizmente, encontrei 9 excelentes livros que estou louca para ler!

Hamlet - William Shakespeare

A Teia da Aranha - Agatha Christie

A Tempestade - William Shakespeare

Macbeth - William Shakespeare

Tristão e Isolda

Feliz Ano Novo - Rubem Fonseca

O Mercador de Veneza - William Shakespeare

A Megera Domada - William Shakespeare

Todas as Histórias do Analista de Bagé - Luis Fernando Verissimo

Deu pra perceber que eu sou totalmente meio viciada em Shakespeare, né? Bem, espero ler todos esses livros ainda nas férias! E vocês? Têm lido muito nesses dias?
Beijinhos, StarGirlie.

23º Capítulo de Lembranças Amadas

Vigésimo Terceiro Capítulo



            Antes de dar uma nova chance ao meu amor com James, podia jurar que havia sentido o cheiro de Jason. Porém, era óbvio que o vampiro loiro nunca me alcançaria ali. Pelo menos, os Juges e Nate nunca o deixaria passar da entrada do bosque.
            -Você está tão quietinha – disse James, enquanto eu regava algumas flores. Era bom estar em contato com as plantas novamente, como ocorria no cemitério. Sabia que não era mais uma Ners, mas ainda gostava de me sentir parte da natureza. Isso devia prestar para algo.
            -Eu só estou pensando no que Lilá disse – tentei não me preocupar, mas só a ideia de estar doente mesmo sendo vampira me apavorava – As memórias estão me destruindo, James. Meu corpo vampiro foi feito para esquecer tudo que a parte Ners viveu. Porém, minhas lembranças estão insistindo em voltar e isso poderá me matar. Só para você saber, eu desmaiei quando descobri seu nome!
            -Nós iremos arranjar uma cura para essa doença. E você sabe que não precisa lembrar do nosso passado. Nós podemos começar tudo do zero – tranquilizou-me o vampiro ao me abraçar. Era tão bom estar nos braços de James novamente, mas meu coração agora temia que mais lembranças se ativassem e eu fosse obrigada a sofrer a doença que tomava meu corpo.
             O sol já se punha quando decidimos voltar para minha casa. Fui obrigada por Lilá a tomar mais uma embalagem de sangue, pois ela afirmava com todas as forças que quanto mais bem alimentada eu estivesse, menos a doença seria capaz de me matar.
            James e August também tomaram seus próprios copos de sangue, conversando sobre como disfarçariam minha volta. Os jornalistas viviam indo à casa dos Juges e das Sern em busca de informações que pudessem rendê-los uma primeira página. Todos queriam se aproximar do meu desaparecimento, mas agora eu já estava de volta.
            -Não adianta colocarmos Bianca de volta à escola. Todos cairiam em cima dela e descobririam que ela não se lembra de coisas básicas sobre sua vida – relembrou James – Seria um suicídio. Não demoraria para alguém perceber que ela está diferente, que está como nós. E rapidamente seríamos entregues como seres sobrenaturais.
            -Filho, não vivemos no século XVI. Ninguém vai sequer pensar em vampiros quando ver Bianca com essa pele branca. Mas os jornalistas mostrariam o rosto de Bia por todo o país e ela ficaria marcada por muito tempo. Imagine daqui 20 anos alguém reconhecê-la? Aí sim seria perigoso para nossa espécie – constatou August.
            Deixei os dois conversando sobre meu futuro, já sabendo que não havia o porquê de contrariá-los. Eles iriam sempre me proteger de tudo e de todos. Antes de me deitar, fui até o quarto de minha mãe.
            Ela estava sentada em frente a uma escrivaninha. Seus dedos hábeis moviam-se sobre o teclado de um netbook. Aproximei-me silenciosamente, a fim de descobrir o que ela tanto lia e escrevia.
            -Estou procurando sobre você, filha – surpreendeu-me Madi, virando-se para mim exatamente quando me aproximei de suas costas. – Como você...?
            -Sou uma Ners, esqueceu? – brincou minha mãe, rindo. Ela rapidamente se afastou do computador, permitindo-me ver o que havia em sua tela. A notícia era clara e preocupante:
            Bianca Sern é vista em rua escura nos braços de zelador do cemitério. Aparentemente, a mulher atrás dos dois é a acompanhante do homem. Os dois já estão sendo procurados pela polícia graças ao desaparecimento de um corpo enterrado no cemitério e agora são claros suspeitos das mortes ocorridas nos últimos tempos e também do sumiço de Bianca.
            -Mas eles não têm nada a ver com isso! – gritei, imaginando como seria horrível ver a pequena Camile sendo procurada pela polícia. Ela e Jason não tinham culpa por terem me salvado! Os dois haviam sido gentis e eu destruíra suas vidas.
            -Eu sei que não, filha. Mas esse jornal não sabe – disse minha mãe – E eles irão querer mais informações sobre seu caso.
            -Como eles conseguiriam saber sobre mim? Não saio de casa, nem mesmo para caçar! – afirmei ainda pensando nos Moure. Ambos haviam se metido em uma encrenca que não os pertenciam.
            -Exatamente. Eles virão até aqui.
Escrito por StarGirlie.