quarta-feira, 30 de novembro de 2011

26° Capítulo Fofoqueira Fina 3

   26º Capítulo da Terceira Temporada





              -Leo? Bebê? ELA O QUÊ? – disse Caroline, correndo para pegar o carro de sua mãe. Nunca dirigira na vida, mas tinha uma breve noção de como se fazia isso.
                Afinal, o bebê de sua melhor amiga estava por vir.
                Correu como louca. Levou buzinadas, quase bateu em algumas pessoas e foi xingada por diversos motoristas. E, mesmo assim, continuou sorrindo. 
                A coisa mais linda do mundo iria acontecer, e ela não compreendia como pudera ficar com tantos ciúmes. Ela teria seus bebês também, mas antes deveria encontrar a pessoa certa. Como Olivia fizera.
                Chegou ao hospital e estacionou o carro, dando solavancos, em um lugar qualquer. A chuva brandia no chão, mas Caroline não ligou para aquilo. Queria ver de uma vez sua sobrinha.
                Logo que chegou, encontrou a sala de espera vazia. A não ser, é claro, pelos seus dois meninos que ali estavam sentados: Leonardo e Yuri.
                Ambos pareciam ter chorado muito, e assim que os viu, Carol ficou assustada. Algo parecia ter dado errado.
                -O que foi? – disse ela, se aproximando do irmão.
                -Não é Olivia. – disse ele, vendo a expressão preocupada da garota. – O bebê já nasceu. Faz uns dez minutos. É uma menina linda. – falou, sorrindo ao lembrar-se da criança. – Mas nosso problema é outro.
                A menina olhou para Leo, mais aliviada, mas ainda curiosa.
                -Então o que foi? – perguntou.
                -Georgia. – disse ele. – Foi encontrada morta na própria casa. Asfixia.
                Caroline engasgou. Sua melhor amiga... morta... asfixia... essas palavras não faziam sentido na mesma frase.
                Sentiu sua visão sumindo, mas antes que assim o fizesse, sentiu também mãos a protegendo.
                Olhou nos olhos do seu salvador.
                Eram tão bonitos.
                E desmaiou.
               
                Acordou em uma cadeira. Uma cadeira da sala de visitas de um hospital, para ser mais específica.
                -O quê? – falou, piscando e tentando entender alguma coisa.
                -Oi, oi? Terra para Caroline? – disseram “Os Olhos”, sendo brincalhões. Então era Leo. O cara dos olhos.
                Riu um pouco, antes de se lembrar o motivo de ter desmaiado.
                Georgia.
                -Então é sério? – falou, sentindo seus olhos enchendo-se de lágrimas.
                -É. – falou ele.
                Os dois se olharam por um longo tempo. Ela, a melhor amiga. Ele, o melhor amigo. Sim, ambos sentiam a mesma coisa... dor, amor, saudades...
                Um voz falou nos auto-falantes, interrompendo os sentimentos de ambos:
                “O berçário está aberto para aqueles que quiserem visitar os bebês. Obrigada.”
                Leo e Caroline levantaram instantaneamente. O bebê de Olivia era prioridade naquele instante.
               Quando chegaram ao berçário, analisaram os bebês pelo vidro. Logo, Yuri também os encontrou.
                Um dos bebês que vestia rosa estava dormindo. Um anjo.   
                Outro, chorava sem parar. Um demônio.
                E, o último, olhava por todos os lados, absorvendo os detalhes. Sem dúvidas, aquela era Katherine, a filha de sua amiga.
                Um médico veio e entregou para os três tocas e luvas. Entraram no quartinho e correram para pegar a menininha.
                Yuri se afastou um pouco, com medo de ferir aquela criatura maravilhosa. Leonardo já foi fazendo gracinhas, e Kath sorriu ao vê-lo. Seria, sem dúvidas, um ótimo pai, para quem quer fosse.

                E  Caroline esticou o braço, pegando a menina. Era linda. Simplesmente linda.

                A abraçou. Leo ficou fazendo beicinhos, acariciando a cabecinha dela. Caroline ria, enquanto via o modo com que o bebê já se apegara a ele.
                Já até imaginava a primeira palavra que falaria... o primeiro passo que daria... o primeiro namorado que teria... tudo, tudo. Seu futuro seria brilhante, por ter uma mãe tão dedicada, e amigos tão fieis. Seria muito amada. Por todos.
                Carol então passou a criança para o colo de Leo, que a recebeu de forma delicada. Em um determinado momento, se viu imaginando-o como o pai de seus filhos.
                Mas era impossível.
                Então apenas riu, curtindo o momento. Logo, Yuri chegou e tomou intimidade com a criança.
                Caroline se afastou, observando ambos. Estavam uma graça, juntos. Juntos com Katherine.
                Saiu da sala, dando para os garotos privacidade com a princesinha. Sentou-se na cadeira do lado de fora e pensou em tudo que acontecera nos últimos meses. Aquele bebê fizera com que percebesse que Eduardo não era a pessoa certa.
                Terminaram.
                Após isso, dedicou-se a cuidar da amiga. Praticamente moravam juntas.
                Então pensou em como havia decidido se afastar de Leonardo. Até conseguira, mas naquele momento, em que segurava a criancinha de forma tão doce, tudo voltou. Os beijos, os abraços... tudo.
                E ela quis chorar. Mas não fez isso. Apenas, lembrou.
                Eram irmãos, e isso nunca mudaria.
                Logo, a porta se abriu e Leo saiu de lá de dentro.
                -É linda. – falou ele, sentando-se. Parecia extasiado.  
                -Sim. – disse a garota, antes de completar - Você vai ser um ótimo pai.          
                Leonardo virou-se.
                -Nunca serei pai. – falou, por fim.
                -Por que não!? – disse Caroline, assustada. Olhou nos olhos de Leo e não entendeu mais nada
                -Porque nós nunca... – falou ele, chegando mais perto de Caroline. - ...poderemos ter filhos juntos. – respondeu, antes que seus lábios se tocassem.
                By Babi

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