domingo, 18 de setembro de 2011

26° Capítulo A Vida Depois do Fim


Vigésimo Sexto Capítulo
Morte e Vida



            Não vou dizer que foi uma surpresa. Eu acho que sabia, dentro de meu coração que aquilo iria acontecer.
            O Barão Sangrento, fantasma da Sonserina, era ambicioso e queria poder, como Salazar.

            A Dama Cinzenta era bonita e inteligente, bem como Rowena.
            Nick-Quase-Sem-Cabeça sempre fora corajoso, igual a Godric.
            O Frei Gorducho era amigável e respeitoso, como Helga sempre foi.
            Então, já que todos os fantasmas das casas de Hogwarts se pareciam com os fundadores da mesma e, consequentemente, com seus alunos, por que o fantasma de Lovegood não poderia ser o que mais acreditou no amor em toda Hogwarts?
            Claro, Alvo Dumbledore era, sem dúvidas, o fantasma de Lovegood.
            Confesso que foi engraçado ver a cara de Scorpius e Rosa quando entraram. Eu e Alvo já havíamos conversado, e quando me dei conta de que queria apenas o bem de minha prima, percebi que ele não entraria no caminho dela e do meu melhor amigo.
            Mas mesmo assim sabia, seria difícil para ele superar.
            E difícil para mim perdoá-la.
            -Sim, sim, sim... vejo que o amor está presente aqui. – disse Dumbledore, olhando para Scorpius e Rosa, que estavam de mãos dadas mas soltaram-nas e coraram ao ouvir a acusação.
           Dumbledore riu como sempre fizera.
            -É uma honra conhecê-lo. – disse. – Nossos pais falam muito de você.
            -Sim, Lilian, obrigada. Sabe, você é extremamente parecida com sua avó, de mesmo nome.
            Ele sorriu e eu retribui.
            -Bem, acho que você é o maior exemplo que eu poderia ter. – falou Alvo, com os olhos brilhantes.
            -Ah, meu chara. Não sabe como é bom fazer este velho espírito ouvir isso.
            Todos sorrimos.
            -Receio ter de falar algo não tão feliz. Algo muito, muito triste, se querem saber.
            Prendemos a respiração, esperando o pior.

            -Rowena e Salazar são poderosos. Mas, bem como Lord Voldemort, você têm algo que eles não têm. O amor.
            Concordamos, mas continuamos calados.
            -Por isso, sei que vencerão. O amor sempre vence, mas temo em contar-lhes, sacrifícios terão de ser feitos.
            -Não entendo. – disse, interrompendo-o.
            Dumbledore ri um pouco, me deixando confusa.
            -Vejo que tem a ansiedade de seu pai também. – ele olha para mim e meu rosto enrubesce.  – O que quero dizer é, só um de vocês viverá, apesar de todos terem finais felizes.

            Todos piscamos, e quando ninguém diz nada, começo:
            -Quer dizer que três de nós vão morrer?
            -Exatamente isso. Só um poderá ter o poder extremo. Só um poderá ser aquele que nutre mais amor pela viva a ponto de não abandoná-la. E os outros, desculpe dizer, vão ser obrigados a partir.
            -Quando? – falou Alvo. – Quando isso vai acontecer?
            -No momento em que estiverem prontos. Mas tenho certeza que Salazar e Rowena não vão aguardar muito. Aprontem-se. Preciso ir ajustar problemas e, quando voltar, espero encontrar o vencedor.
            -Estamos... “concorrendo”? Um contra os outros? – disse Rosa.
            -Sim. Boa sorte.
            Em poucos segundos, vejo Alvo Dumbledore atravessar uma parede e sumir de vista.
            -Bem, - digo. – então acho que é isso. Só não entendo... era para nos amarmos, quer dizer, a casa do amor... e agora, estamos competindo pela vida?
            -Não sei vocês, mas não vou matar ninguém. – disse Scorpius.
            Concordamos.
            -Eu amo vocês. – disse Rosa, com lágrimas nos olhos.
            Todos nos abraçamos e ficamos ali por alguns segundos.
            -Quero que tudo dê certo, mas caso isso não aconteça, prefiro morrer a ficar sem vocês. – disse, soltando meus amigos.
            -Eu também. – disse Scorpius, junto com Alvo e Rosa logo em seguida.
            -Tudo bem. – falei, respirando. – Acho que isso vai ser um problema. Podemos escolher. Acho que devemos escolher.
            -Tipo escolher alguém para viver? – disse Rosa.
            Concordei, angustiada.

            -Não podemos. – cortou-me Scorpius. – Isso vai nos desunir ainda mais. Acho melhor nós apenas... nos prepararmos, como Dumbledore mandou.
            Assenti com a cabeça e todos saímos da sala.
            -O que aconteceu? – falou Lysander, correndo até mim.
            -Lysander. – disse e o abracei.
            Ele retribuiu e fiquei ali. Só queria ficar ali, por todo o sempre.
            -Lysander, eu te amo.
            -Lilian, eu te amo.
            By Babi

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