quarta-feira, 14 de setembro de 2011

22° Capítulo A Vida Depois do Fim

Vigésimo Segundo Capítulo
O Teste


         -Você precisa escolher. Agora. E claro, aceitarei sua posição.         Olhei para aqueles olhos tão doces, tão marejados... olhos que eu sabia, não eram exatamente reais.
         -Lily, Rowena nomeou Rosa. E Salazar, Scorpius. Eu e Godric, apesar de sermos apenas espíritos, devemos nomear alguém. Sabíamos que isso aconteceria em algum momento, e espero que você entenda. Eu te escolhi.
         Olhei novamente para minhas mãos, que tremiam. O anel dourado tremeluzia e eu sentia que o resto de minha vida estava ali, naquele pequeno brilhante.
         -Mas... – disse, ainda confusa. – se eu estou sendo nomeada, por que tenho que escolher um parceiro?
         Helga balançou a cabeça, negativamente.
         -Não, Lily, não é tão simples assim. Escolhi você pelo amor, a bondade e, o mais importante, a paciência.
         -Paciência? – ri do modo como ela falara. Eu poderia ser tudo, menos paciente.
         -Sim. Você esperou a vida inteira. Esperou sem reclamar. Aguentou ficar na sombra de alguém que considera mais bonita e inteligente, na sombra de alguém que você ama. Agora é sua vez de brilhar. É sua vez de mostrar para todos que é possível. Mostrar que consegue ser mais do que “alguém”. Você é poderosa, só basta acreditar.   E quanto eu estar lhe forçando a escolher seu parceiro, não é a toa. Escolha, como se fosse para ele ser seu para sempre. Escolha agora, escolha rápido, pois o tempo passa.
        Depois daquele imenso discurso, olhei para o chão. O All Star amarelo que combinava com meu vestido estava meio desamarrado e me concentrei nisso enquanto pensava. “Escolha, escolha agora”, dizia a voz em minha cabeça.
         Helena, filha de Rowena e fantasma de Hogwarts, me ajudara a entrar em contato com Helga novamente. Mas eu não esperava, de forma alguma, isso.
         -Eu escolho, escolho... – pensei em Lorcan, que eu desejara por tanto tempo. Pensei em Lysander, o qual há poucos dias descobrira ser mais do que um simples garoto. Ele era minha vida, meus sorrisos de todos os dias e meu rosto ruborizado toda vez que me tocava. Ele era tudo, tudo para mim.
Mas então outro pensamento surgiu em mim. Pensei no meu irmão. Apesar de Helga ter falado claramente parceiro, senti algo dentro de mim que gritava por Alvo. Ele devia ser consagrado por Godric. Ele era o corajoso, o astuto, o típico aluno da Grifinória, apesar de ter sido considerado para a Sonserina. Respirei fundo, sorri, e disse, com certeza – Alvo. Eu o escolho.
         Helga sorriu e tentou tocar meus cabelos, apesar de saber que não poderia.
         -Percebo que escolhi mais do que bem, Lily. Você ouviu seu coração, ouviu sua origem.
         -Não entendo. – disse, confusa. – O que aconteceu?
         -Isso foi um teste, Lily. Sei muito bem quem você ama, quem você realmente quer que seja seu parceiro. Mas você deixou de lado seu próprio bem para fazê-lo a outro. Você é, e sempre será Lily Hufflepuff.
         Olhei novamente para o anel e sorri. As iniciais LH estavam gravadas, e eu soube, que o Chapéu Seletor não havia simplesmente errado. Ele havia feito com que eu acreditasse em algo que não é real.
         Ninguém é completamente Sonserina, nem Grifinória, Corvinal e Lufa-lufa. Todos somos uma família, e casa em qual somos colocados não importa. O que realmente interessa é o amor que nutrimos um pelo outro. O amor é essencial.
         Coloquei o anel e sorri.
         -Sim, Lily, o amor é essencial. – sorriu Helga, escutando meus pensamentos. –E, caso você queira saber, Alvo já foi escolhido. O que lhe perguntei foi um teste, como disse, somente um teste. Neste momento, eles devem estar na Sala Precisa fazendo a coroação.         -Espere, mas esta é a Sala Precisa. – disse.
         -Sim. A sua Sala Precisa. Mas todos temos uma, e acredite, descobri isso de uma forma não muito interessante.
         Ela fica vermelha, apenar do tom cinza de seu corpo e estende a mão. A pego e saímos andando, ao encontro de outra porta. Quando passamos por ela, a sala comum que eu criara há alguns tempos (que consistia em meu quarto de casa), se trocara por algo, digamos, mais “uau”.
         Logo que entro, vejo Lysander correndo até mim.
         O abraço e ele me ergue no alto. E, no meio daquele monte de gente (Alvo, Lorcan, Rosa, Alvo, Teddy, Felícia, Godric e Helga), ele me beija.
         Na realidade, sempre esperei muito por aquele momento. Esperava anjos cantando, luzes aparecendo e o amor de meu companheiro passando para mim. Mas, na realidade, meu anjo já estava ali, em meus lábios. As luzes se ascenderam logo que me apaixonei e o amor dele já estava em mim.
         Eu o amava, e nada mais importou. A gritaria, os curiosos, os aplausos... nada. Eu só queria permanecer com ele, aproveitar mais um pouquinho.
         Quando, do nada, Scorpius entra de supetão.
         By Babi

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