sexta-feira, 2 de setembro de 2011

14º Capítulo de A Vida Depois do Fim

Com a Babi um tempinho fora (ela vai contar tudo melhor depois!), fui designada a postar o capítulo de ontem, mas como tive alguns probleminhas, estou postando ele hoje. O 15 e o 16 serão postados pela Babi depois do dia 5. Pra compensar a falta de capítulos, o de hoje é mais longo.

Décimo Quarto Capítulo
Meu Último Amigo





            Vesti meu casaco vermelho da Grifinória e desci as escadas do dormitório feminino. O fogo ardia na lareira quando cheguei ao Salão Comunal de minha Casa. Alvo me esperava no pé do primeiro degrau com seu cabelo preto bagunçado e o rosto cansado.
            -Oi, Rosa – com um carinho tão costumeiro, meu primo me abraçou e me fez esquecer tudo que acontecera mais cedo. Murta, Voz, Câmara, Silvia, Scorpius, “A Conversa”... Tudo estava no passado agora.
            Juntos, sentamos em um dos sofás e, respeitando minha privacidade, Alvo não perguntou nada sobre o que aconteceu hoje. Não precisava, ele simplesmente sabia.
            -E então, o que faremos hoje? – perguntou meu primo com um sorriso bobo nos lábios. Seus olhos brilharam e algo pareceu se remexer em meu coração.
            -Hoje? – questionei surpresa. Já se passava da meia-noite. E os alunos eram estritamente proibidos de sair dos Salões Comunais àquela hora. Um arrepio percorreu meus braços e encostei-me em Alvo, abraçando-o.
            -Claro. Você acha que deixarei minha melhor amiga ficar nesse estado? – ele tocou minha bochecha no exato momento que uma lágrima surgiu – Rosa, eu sei que nunca faço isso, mas o que está acontecendo? O que há com você?
            -Nada, Alvo. Nada – desviei o rosto e me levantei. Mesmo de costas para meu primo, conseguia sentir a energia que me puxava para ele.
            Meu pulso foi puxado e Alvo me virou. Ficamos frente a frente novamente. Ele parecia querer dizer alguma coisa, mas não conseguia. Apesar de tudo, eu sentia essa mesma covardia em mim mesma. Meu melhor amigo precisava ouvir algo de mim. Porém, não foi bem o esperado que eu disse:
            -É, eu preciso ir. Sabe, aulas amanhã cedo. Boa noite, Alvo.
            E enquanto subia as escadas, jurava que pude ouvir um “Adeus, Rosa”.



             Era hora do almoço e meu primo ainda não aparecera. Não fora a nenhuma das aulas. Nem a nenhum dos outros locais de Hogwarts. Fui até mesmo à Floresta Proibida procurar por ele e nenhum ser vivo tinha notícias dele.

            Scorpius sentou ao meu lado na mesa da Grifinória. Ele vestia seu casaco vermelho e a calça jeans preta que ia um tanto contra ao uniforme de Hogwarts.
            -O que houve dessa vez? – desde que saí da sala da professora Mcgonagall na noite anterior, minha relação com Scorpius estava extremante estranha.
            -Nada que te interesse – levantei-me, mas ele segurou minha mão sobre a mesa.
            -Rosa, sério. Não dá pra parar com isso? – seus olhos verdes estavam tão cinzas que chegavam a me assustar. Aquilo parecia definitivamente um olhar de sonserino.
            -Scorpius, me deixa. Pelo amor de Deus, chega dessa história, ok? – decidi que era a hora de dizer tudo, antes que a coragem me faltasse de novo – Eu não quero mais isso. Não quero mais falar com você. Nem ao menos te ver. Você fez sua escolha. Agora arque com as consequências e me deixa em paz.
            Saí às pressas do Grande Salão, percebendo que todos estavam escutando nossa conversa. Não sabia bem para onde ir. Qualquer lugar parecia ruim sem meu melhor amigo.
            Em meio a essa mistura de sentimentos, cheguei a Sala Precisa. Desta vez, quando foi aberta, não havia um shopping me esperando. 

       
            Eu estava em uma rua trouxa com outras três pessoas, mas só uma chamou minha atenção. Corri em sua direção e joguei-me em seus braços. Não pude conter as lágrimas.
            -Nunca mais faça isso, nunca mais – avisei Alvo, enquanto ele acariciava meu cabelo. Minha voz estava embargada pelo choro o que provocou risadinhas fofas vinda de minha prima, Victoire. Já Felícia parecia extremamente chateada.
            Alvo explicou-me que pretendia fugir de Hogwarts depois de nossa última conversa e que foi nossa prima Victoire que o impediu. Felícia contou que encontrou os dois perdidos em uma das entradas secretas e os trouxe até aqui, contando também seu segredo.
            Em pouco tempo, a rua transformou-se em uma sala cheia de passagens. Uma delas dizia claramente: Hogsmeade.
            -Você já está voltando pra lá, Vic? – perguntei, afastando-me de Alvo. Ele resmungou um pouco, mas entendeu que ela também estava sumida da minha vida. Felícia ainda permanecia distante com um olhar de ódio sobre meu primo.
            -Sim, Rosa. Eu não queria... Sabe, é uma droga ter que voltar para trabalhar! Hogwarts é tão melhor! Mas Teddy está me esperando... Então, tenho que voltar – Victoire me deu um beijo na bochecha e correu para um dos portais – Até depois! E Rosa, nada de deixar de mandar as cartas para mim, hein?
            Corei, enquanto ela partia. Alvo tentou se aproximar de mim novamente, mas Felícia se pôs entre nós dois. Ia perguntar o motivo, mas antes que fosse possível, minha amiga gritou:
            -Graças a Deus que você chegou! – olhei para trás e me deparei com Scorpius entrando por um dos portais – Alvo, preciso da sua ajuda, vem comigo.
            E em poucos segundos, eu estava sozinha com Scorpius em uma sala que se tornava qualquer coisa. Pude ver enquanto as portas viravam lindas árvores e entrávamos em um maravilhoso jardim. Percebi que o melhor amigo de Lily havia tirado seu casaco vermelho, exibindo os cortes que havia em seus braços.
            -Fui eu que fiz isso? – perguntei, tocando uma das cicatrizes. Scorpius colocou sua mão sobre a minha e fingiu não ter escutado minha pergunta. A refiz de novo, recebendo dessa vez uma resposta:
            -Sim, Rosa, foi você, mas não importa. Está tudo bem. Para mim, tudo isso está no passado, mas e para você? – seus olhos verdes encontraram os meus e minha respiração falhou. Percebi que ele se aproximava, mas não sabia qual deveria ser minha reação.
            -Para mim também – foi a única coisa que consegui responder antes que tudo mudasse.
            Escrito por StarGirlie.

2 comentários:

  1. Me surpreendeu esse capítulo, e muito. Fiquei curiosa. Parabéns pelo capítulo StarGirlie. bjss

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