quarta-feira, 17 de agosto de 2011

4° Capítulo A Vida Depois do Fim


Quarto Capítulo
Abrindo os olhos

Ok, alguma coisa estava realmente errada ali. Primeiro dia de aula. Escola de bruxos. Pessoas indo para a Floresta Proibida. Isso tudo parece certo para você?
Segurei na mão de Lysander, que estava relativamente mais devagar que eu, Alvo, TJ e Hugo. Apesar dele ter resmungado algo do tipo “perigoso”, eu sabia que deveríamos seguir minha prima.
Logo que saímos do salão principal, encontramos Rosa. Lysander soltou-se instantaneamente da minha mão, mas confesso que fiquei bem aliviada com isso.
-O que aconteceu? – falei.
-Eles sumiram.
Eu sabia exatamente quem eram “eles”. Era assim que eu, Rosa e TJ chamávamos Silvia, Lorcan e Scorpius. Os populares, em outra língua.
-E você decide procurá-los na floresta proibida. Alguma outra idéia, gênia? – disse Hugo, sendo do mesmo modo petulante de sempre.
Rosa mostrou-lhe a língua e ouvi Lysander suspirar. Ridículo.
-Vai mais devagar com isso, amiga. Por que é mesmo que você se importa tanto assim com “eles”?
Percebi que Rosa corou levemente. Nada bom, nada bom mesmo.
-Nossa, eu só quero animar as coisas por aqui!
-Para mim está bem animado. – disse Lysander.
Alvo ficara quieto. Parecia um tanto confuso, não sei. Virei-me para ele. Não podia perder nenhuma oportunidade de encher o saco de meu irmão mais velho.
-Bom, a Rosa pode até não ter tantos motivos, mas aposto que o Alvo tem. “Silvia, Silvia, doce Silvia... por que me largaste, doce Silvia?”. - Rosa soltou um gritinho e começou a rir, como sempre fazia. Os outros também deram risadas, mas Alvo pareceu mais com um cão raivoso do que com um bruxo.
-CALA ESSA BOCA!!- gritou ele.
            Calei-me, mas continuei com meu sorriso vitorioso. Silvia fora namorada de Alvo no ano anterior, mas por “motivos desconhecidos” eles haviam rompido. E, acredite, isso era um ótimo álibi quando se trata de ser a irmã menor.            -Mas se é pra ir, então que seja depressa! – falei.
            Caminhamos em direção a floresta proibida, tentando não fazer barulho. Alvo trouxera a capa. Contanto, ele nunca me deixara usá-la, e sabia que desta vez não seria diferente.
            A noite estava fria e ouvi Lysander reclamar de algo. Logo, nós paramos na entrada da floresta.
            -Nunca vim aqui antes. – sussurrei para TJ, animada, e ela apenas sorriu.
            -Tem certeza de que quer entrar? – falou Alvo.
            Rosa deu uma piscadela e foi adiante, todos nós a seguindo.
            De repente, ouvimos vozes.
            -Droga. – disse a primeira, e percebi que era feminina. – Já falei milhares de vezes que poção do amor é idiota.
            -Já tentei de tudo. – falou a outra. – Mas ela é burra demais para ver que comigo poderá ter tudo que quiser.
            -Fica quieto, Lorcan. – falou outra voz masculina, mais irritada que a última.
            -Nossa, assim até parece que não passou de uma brincadeira aquela história toda de “briguinha”.
            -E se passou? E se foi mais que isso? – disse Scorpius.
            -Está apaixonado, Malfoy? E pela Rosa? – falou Silvia, com tom de surpresa na voz.
-Não. Nunca me apaixonaria por aquela... sangue sujo. – respondeu o garoto.  
Olhei para Rosa. As lágrimas começaram a surgir nos olhos, e ela saiu correndo antes que eu pudesse contê-la. Fomos logo atrás, mas no meio da noite, a perdemos de vista.
E eu soube, naquele instante, que ela percebera algo que eu já havia visto há tempos.
By Babi

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