sábado, 16 de julho de 2011

9° Capítulo Maldade Angelical

Sim, Maldade Angelical está de volta! Senti muita falta da novela enquanto estive viajando, e fiquei feliz em saber que conseguimos voltar com ela antes do esperado.

Espero que gostem do capítulo, e para quem não lembra, estávamos bem no meio de uma guerra....

Nono Capítulo
Samantha


A batalha começara, não havia volta.
            Nem mesmo Lizzie acabara de chegar, e nós já corríamos grandes perigos. O chalé de tio Tyle pegava fogo. Sepores, anjos e demônios chegavam de todos os lados tentando pegar a mim e a minha irmã. Os nossos únicos protetores eram Robert, Emma e Tyle. Os humanos, Petrus, Ben e Júniper, estavam encolhidos em um canto. Não os culpo, aquilo era aterrorizante.
            Como se não bastasse, Tyle estava tentando segurar uma anja muito bonita que havia chegado há pouco tempo. Ela gritava muito alto e dava ordens. Deduzi que fosse a “chefona”.
            Olhei para Lizzie. Ela acabara de sair debaixo das asas de Robert, deixando-o bravo, e correra bar onde trabalhava, mas agora seus olhos pareciam roxos. Isso me assustou.
            Logo percebi que minha irmã era bem mais controlada que eu. Ela conseguiu em poucos segundos prender as mãos do Sepore com algemas de fogo que ela mesmo criou, algo que nunca nem imaginaria fazer.
            Neste meio tempo em que não sabia como agir, senti uma mão agarrando a minha cintura. Olhei para cima.
            -Austin!
            Logo também vi Dana, bem atrás do meu melhor amigo demônio. Agora sim, eu me sentia segura.
            -Precisamos tirar você daqui.
            Ele me puxou pela mão, mas eu fiquei firme no lugar e acabei queimando os dedos do garoto.
            -Não podemos deixá-los. Lizzie, os anjos que estão do nosso lado, Petrus...
            -Sam, é muito arriscado! – berrou Dana, e pude vê-la lutando com um anjo pequeno  enquanto abria espaço para que eu passasse.
            -Olha, se vocês quiserem ir, vão, mas eu não vou deixar a minha irmã! – berrei.         
            Austin engoliu em seco e assentiu. Dana fez cara feia, mas por pouco tempo, pois foi logo atacada e teve de se defender.
            Um grito percorreu a sala. Um grito muito familiar.
            -PETRUS! – gritei logo depois.
            Todos pararam de lutar.
         Quando me virei, pude ver a cena. Damen, o chefe dos demônios de Nova York , estava segurando o pescoço de meu namorado, e a anja que antes lutara com Tyle fazia o mesmo com Ben.
            Vi um sorriso surgir no rosto dos dois.
            -Solte-os, Ângela. – disse Lizzie, pausadamente.
            Ela olhou para minha irmã.
         -Minha querida, proponho uma troca. Você e sua “maninha” pelos seus namoradinhos. Justo, não?
            -‘que faz aqui, Damen? – disse Tyle, tão confuso quanto eu.
            O demônio soltou uma gargalhada.
            -Tyle, Tyle, Tyle... eu quero as gêmeas, não é óbvio?
            -E suponho que esteja junto com a branquela? – eu falei, rápido.
            -Mais respeito, lindinha. Só um movimento, e os dois morrem. – disse a mulher, com um olhar penetrante.
            -Se não quiserem fazer a troca, tudo bem. Assim ficamos com todos. Lanchinho para a Lira, não acha, meu amor? – falou Damen, olhando para Ângela.
            Ela riu, abertamente. Isso fez uma fúria surgir em mim. Poderiam fazer o que quisessem comigo, mas era melhor não terem mexido com a minha família.
            De repente, senti uma coisa nova. Algo revirou o meu coração. Estava pronta para me entregar, buscando salvar Petrus, quando alguma coisa dentro de mim me fez gritar:
            -Solte. Eles. Agora.
            Do nada,vi os corpos de Petrus e Ben desaparecerem bem no nariz de Damen e Ângela. E, aos poucos, Tyle, Júniper, Lizzie, Robert, Emma, Dana e Austin sumiram também.
            -O que está acontecendo? – disse Ângela.
            -Ela, ela não pode, ela é muito jovem para... – mas não escutei as últimas palavras que Damen dirigia para mim, junto com o olhar assustado. Eu sumi antes disso.
            Quando abri os olhos, estava numa floresta. Levantei meu corpo e olhei ao redor. Todos que haviam desaparecido minutos antes de mim me olhavam, incrédulos.
            -O que aconteceu? – perguntei.
            -Eu acho... acho que você... – disse Dana, surpresa.
            -Sim. – cortou-a Tyle. – Sim, essa minina é um Demônio Louva-deus.
            Continuei sem entender nada. Demônios não amam Deus, dizendo-se assim. Claro, nunca tive nada contra o Tio lá de cima, mas tenho certeza de que não O “louvo”.
            -Ãh? – disse Lizzie, tão perdida quanto eu. – O que é isso?
            -Bom, - disse Austin. – é um tipo de demônio que ganhou de Deus poderes.
            -Mas por quê? – falei.
            -Ele te acha digna. – disse Robert. – Ele lhe considera do bem.
            -Do “bem”? E que tipos de poderes são esses? – disse.
            -São os três poderes divinos. – falou Emma. – É algo raro, muito raro.
            -O primeiro, - disse Dana. – o poder de Transfiguração, o que acabou de usar.
            -O segundo, - falou Austin. – o poder de Iluminar, trazer luz onde há trevas.
            -E o terceiro e último, - sussurrou Emma. – Reviver. O poder de ressuscitar os mortos.
            Quando acabaram de falar, eu estava mais perdida do que antes.
            -E Ele me concedeu isso?
            -Sim.
            Nesse tempo todo, Petrus e Ben permaneceram calados.
            -E ela pode usar isso toda hora? – disse meu namorado, finalmente.
            -Não. – falou logo Robert. – Só na hora em que sentir que Ele está acima de tudo.
            Me calei por uns segundos, pensando no que acabara de ouvir.
            -Eu não me lembro de ter pensado isso naquela hora. – falei.
            -Sim, pensou. Pensou que faria tudo por quem ama, sentiu que poderia morrer para salvá-los, que o bem deveria vencer. Nesta hora você O colocou acima de tudo.
            Concordei. Tudo que ele falara era real, eu realmente sentira aquilo.
            -Hum-hum. – falou Júniper minutos depois, eu ainda tentando assimilar os fatos. – Acho que nóis divia deixá a Sam e a irmã dela conversarem um pouco.
            Todos concordaram e aos poucos, se afastaram da clareira em que nos encontrávamos.
            Lizzie e eu sentamos no chão da mata, uma ao lado da outra.
            -Sam, obrigada, por salvar o Ben. – disse ela, depois de algum tempo.
            -Se você o ama, eu o amo também.
            Ficamos durante algum tempo apenas nos olhando até que dormimos, assim como fizéramos há muito, muito tempo atrás.
            By Babi

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